Arte para crianças ou para pequenos adultos?
- fabulosatrupe
- 3 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de ago. de 2020

Antes de falarmos sobre artes para crianças é interessante entendermos que elas não foram consideradas sempre da mesma maneira, fala-se até de um momento histórico em que a infância foi inventada no sentido, claro que as crianças sempre existiram na humanidade, mas no sentido que se começou a considerar que as crianças eram pessoas que exigiam uma atenção especial e uma produção de materiais, então, diferentes dos adultos. O conceito de infância é algo historicamente recente, e trarei esse amplo assunto de diferentes formas nos textos deste blog, para debatermos, trocarmos, por isso deixem sempre seus comentários, sugestões e dúvidas. Que iremos juntos criando esse espaço de diálogo.
Mas voltando ao nosso assunto, fomos entendendo, como sociedade, que as crianças são crianças e não pequenos adultos! E conforme a psicologia avança e passa a cada vez mais a entender melhor o desenvolvimento cognitivo, mais entendemos o que cada faixa etária é capaz de compreender. Jean Piaget, considerado um dos maiores pensadores do século XX, entendia desenvolvimento cognitivo, como o produto dos esforços das crianças para compreender e agir sobre seu mundo.
Cada etapa da infância com suas particularidades, interesses e experiências, porém todas capazes de absorver e produzir (porque não?) artes! O como pensamos arte, assim como a infância, também foi mudando muito ao longo dos tempos. Arte em sua tradução mais simples é a forma do ser humano expressar sua emoções, histórias e cultura. Não estou aqui, adicionando valores, mas sim aproximando a arte como forma de expressão das emoções das crianças.
Propor conteúdos, como por exemplo, de teatro para crianças, indo um pouco mais além de trata-las apenas como espectadores que não interferem na obra, mas como experiência que respeita o desenvolvimento que cada idade é capaz de vivenciar, ao assistirem sim, mas também ao brincarem de teatro, trazendo uma infinidade de práticas que contribuem para a imaginação, para narrativa e para organização social e cultural desta criança.
O brincar como a maior ferramenta de aprendizagem da criança e as artes como os brinquedos que mostram diferentes caminhos de expressão.
Monique Franco
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